Mãe! Olha a gaviota!
Disse o menino na praia de Cabo Frio;
Maravilhada ingênua criança
Pela vida que se lhe apresentava.

Esse quadro  ficou guardado
Nos cantinhos de minha memória.
Nunca esqueci aquela praia,
Aquele dia e a gaviota.  

As gaivotas passeando no céu
Triscando as cristas das ondas
Eram livres para voar,
Mas como gaviotas flanavam
Presas na sua imaginação.

Tudo era belo
No seu olhar encantado.
Seu coração seguro
Pelo firme elo
Da mão de sua mãe na sua mão.

Via a vida com candura.
Na sua mão a mão da mamãe,
Uma corrente de ternura.
Uma corrente materna e suave
De carinho inesquecível.

Meu garoto meu chapinha:
A gaviota continua lá,
Mamãe continua lá,
Nas ondas do mar.