DESDE MUITO
Desde muito sonhei este soneto meu,
Sonhei um sonho acordado como um Romeu. O queria lírico, mas de pés no chão, O queria lido por leitor de plantão. O queria amado como se ama uma musa, Desvendado como uma bailarina nua. Desde muito o queria deste jeito torto, E ele se fez, e por ele resto-me absorto. Um soneto antes tão canto que cante o canto Do prazer do fogo que libera a fumaça Com forte cheiro do fogão de minha casa. Um soneto que no décimo quarto verso Apenas vai e senta-se ao banco da praça Apreciando tudo, e achando graça. Homenagem a Mario Quintana.
rub levy
Enviado por rub levy em 12/05/2022
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