A vida é um sopro,
Niemeyer já disse.
Foi-se... assim se foi...
A foice da morte levou-a...
Não importa quem insista
O contrário dizer.
Num sopro ela vem,
Noutro sopro ela vai...
E vrummmmmmm.....
Um sopro de amante,
E vrummmmmmm.....
Um sopro cortante,
E vrummmmmmm....
Só resta o sopro.

A felicidade é efêmera,
Vinicius já disse.
É como uma pena no ar
Que precisa do sopro
Para no chão não deitar.
O sopro é a força da pena,
O amor a força da felicidade.
Entretanto imprevisíveis
O sopro vira tempestade
O sopro vira calmaria,
O amor consome-se em paixão
Ou segue em romaria.