TRÊS OITAVAS DE AMOR
Ainda que me açoite
A dor de te perder, Vago pela noite Doidivano apaixonado, Sem rumo sem prumo sem norte, De bar em bar boêmio Até quando alva lua Desnude minha sorte. Volto para ver-te, ter-te, E apresto-me em agradar-te. Sei que não mereço a ti, Sei que não mereces a mim, Mas, por infortúnio nosso, O amor traiu-nos o destino E trouxe-nos unidos Para este eterno embate. Uma batalha de querer não querendo, Uma volúpia de suor e lagrimas, Um desejo no fio da navalha, Um lençol que se enrosca Como mortalha, Uma raiva que enfurece, Que nos submete E enfim, nos derrota.
rub levy
Enviado por rub levy em 20/05/2018
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