Poeta Rub Levy

Como nasce o poema

Textos

INÚTEIS PAISAGENS
DESPEÇO-ME DE MINHAS CARNES,
DESPEÇO-ME DE MINHAS PELES,
DESPEÇO-ME DE MEUS ÓRGÃOS,
DESPEÇO-ME DE MEUS OLHOS,
DEPEÇO-ME DE MINHAS UNHAS,
DESPEÇO-ME DE MINHAS CULPAS,
DESPEÇO-ME DE MEUS CABELOS,
DESPEÇO-ME SEM MAIS APELOS
DOS MEUS TEMORES
DOS MEUS ANSEIOS
DOS MEUS OMBROS
DOS MEUS PEITOS
DOS MEUS DEDOS,
NÃO MAIS OS PRECISO,
NÃO MAIS TENHO MEDOS.
DESPEÇO-ME COM CERTEZA
DE TODA BELEZA
QUE UM DIA TIVERA,
DESPEÇO-ME
DE QUALQUER QUIMERA
QUE INGENUAMENTE TENHA SONHADO.
DESPEÇO-ME DOS MEUS ANEIS,
DOS MEUS SONHOS ALADOS,
DESPEÇO-ME DOS MEUS PÉS,
DOS MEUS RICOS SAPATOS,
NÃO ME LEVARÃO MAIS
A LUGARES E MIRAGENS;
AGORA SOMENTE ESPÍRITO
SÃO INÚTEIS PAISAGENS.
rub levy
Enviado por rub levy em 23/11/2012
Alterado em 25/05/2019
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