A SAGA DO HOMEM DE BEM
Nasci no nordeste seu moço,
No sertão de Abricó, Comi calango e farinha seu moço, Fome dói que dá dó. Fui criado descalço seu moço, Pé no barro e pé na roça, Até hoje sinto doutor, Um comichão que me coça. Meu pai pegava enxada doutor, Dizia vamo e nós ia, Ele e a filharada Que fez mais com Maria. De todos só quatro vingaram doutor, Na trilha pra fugir da sede Que a seca cavou pra gente. Já na cidade grande doutor, Dois foram assassinado Sobrando só eu mais Duardo. Daí que fui pra escola doutor, Aprender o be a ba, Aprendi tanto seu moço Que vivo hoje a versejar. Na escola da vida me inspiro doutor, Pra modo de escrever meus versos, Tão bonitinhos seu moço, no papel, Que chamam literatura de cordel.
rub levy
Enviado por rub levy em 21/01/2012
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