Poeta Rub Levy

Como nasce o poema

Textos

VENTRES DE AÇO
Deixei o cais com mala em punho,
Na mente um prumo:
Como antes nunca mais.

Na chaminé do navio
Lá ia enegrecida fumaça,
Deixando rastilho
Que no vento navegava.

Olhei mais uma vez
Para o monstro de aço,
E acho que até chorei
Pelo ventre que me abrigou.

Nunca os vi de novo
Mas nos sonhos sei...
Meus navios e meu mar...
Toda noite estão lá:

Amapá, Deodoro, Getúlio,
Quererá, Vidal, Jequitibá,
Morretes, Muriaé e Maracá...

Jurupema, Maruim e Japurá,
Maísa, Camocim e Guarujá,
Gurupá, Horta e Piquete...

Bagé, Pedreiras, Pirajuí,
E terminou por aí...
rub levy
Enviado por rub levy em 18/04/2011
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