VENTRES DE AÇO
Deixei o cais com mala em punho,
Na mente um prumo: Como antes nunca mais. Na chaminé do navio Lá ia enegrecida fumaça, Deixando rastilho Que no vento navegava. Olhei mais uma vez Para o monstro de aço, E acho que até chorei Pelo ventre que me abrigou. Nunca os vi de novo Mas nos sonhos sei... Meus navios e meu mar... Toda noite estão lá: Amapá, Deodoro, Getúlio, Quererá, Vidal, Jequitibá, Morretes, Muriaé e Maracá... Jurupema, Maruim e Japurá, Maísa, Camocim e Guarujá, Gurupá, Horta e Piquete... Bagé, Pedreiras, Pirajuí, E terminou por aí...
rub levy
Enviado por rub levy em 18/04/2011
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