Jorge, Gabriel e Mário resolveram serem sócios para soltar pipa na manhã de sábado. Jorge e Gabriel tinham cada um uma pipa e somente Mário tinha bastante linha.
Eles começaram então a preparar as rabiolas das pipas enquanto combinavam se revezarem usando uma pipa primeiro e depois, se avoassem, usariam a outra.
Até aí tudo bem quando chegou a hora de preparar a linha. Começou a discussão. Tudo por causa do cerol. Gabriel lembrou que o primo dele tinha uma moto e um dia, uma linha de cerol solta cortou o pescoço dele que caiu da moto sangrando muito. Deu sorte que os bombeiros conseguiram levá-lo a tempo para o hospital e ser salvo. Mas ficou com uma cicatriz horrível no pescoço.
Aí, Mário que era o dono da linha disse: “ Olha só, como é que a gente vai colocar a pipa no alto sem cerol? Tá maluco? Qualquer um vai cortar a gente na hora de cruzar!”
Jorge então falou para os colegas: “E se a gente brincasse sem cruzar?”
“Ah! Qual é a graça disso?”, disse Mário.
“O cerol tem caco de vidro e é perigoso mas sem ele não dá pra cruzar e soltar pipa sem cruzar... é muito chato!”, assim Gabriel concluiu deixando a situação na mesma.
“E agora, o que fazemos?”, reclamou Jorge. “O tempo está passando e todo mundo já está brincando!”.
“Ah! Quer saber?”, levantaram-se Gabriel e Mário juntos. “Que tal a gente jogar bola?”.
Largaram pipas e linhas para lá e correram para o campinho gritando: “A pelada vai começar!”.
Fim