Poeta Rub Levy

Como nasce o poema

Textos

UM ENCONTRO MARCADO
Num domingo de manhã lá vai Carlinhos perambulando pela rua chutando uma lata vazia. Nada pra fazer, que chato, pensa ele.
Na outra direção uma senhora caminha com dificuldade carregando duas bolsas de compras pesadas. Pouco antes de se cruzarem a dona parou e, cansada colocou as bolsas no chão. Carlinhos olhou a mulher ali na sua frente, ofegante e suada por causa do sol forte. Ficou sem saber o que fazer. Ao mesmo tempo em que sentia vontade de ajudar também sentia uma preguiça danada.
Bem, Carlinhos acabou meio sem jeito perguntando a ela se precisava de ajuda. A senhora respondeu: “Ai meu filho... preciso sim... minhas pernas e meus braços doem tanto...”
Carlinhos que tinha perguntado meio por perguntar acabou ajudando a mulher e pegou uma das bolsas para carregar. E lá se foi ele junto com Dona Vera... é... era esse o nome dela!
Chegando em casa a senhora, bastante cansada, abaixou-se para por sua bolsa no chão e aí foi que aconteceu! Sua carteira com dinheiro caiu e ela não viu. Mas Carlinhos viu. Viu e colocou sua bolsa do lado escondendo a carteira.
Dona Vera muito agradecida a Carlinhos tratou-o muito bem e com muito carinho. Levou-o para a cozinha e preparou um belo lanche como ele nunca tinha visto. Leite com nescau, suco de laranja, bolo, pãozinho coió com manteiga e queijo. Carlinhos comeu de tudo e encheu a barriga com aquele lanche inesperado de um domingo diferente. Dona Vera era muito legal e conversava sobre seus netos que eram da idade dele. Carlinhos estava se sentindo muito bem, mas, lembrou-se da carteira escondida e ficou com remorso. Então, fingindo pegar a bolsa no chão para guardar as coisas no armário, com jeitinho pegou a carteira sem ela ver e, com cara de feliz exclamou: “Dona, olha só! A senhora deixou cair a carteira no chão!”
Dona Vera olhou espantada para Carlinhos e disse com os olhos em lágrimas: “Carlinhos, meu filho... como você é um menino honesto! Que tal combinarmos uma coisa? Não quer todo domingo me ajudar a carregar as bolsas da feira e ganhar um dinheirinho? Além de tudo poderemos lanchar e conversarmos juntos. Que tal?"
Daí em diante em todas as manhãs de domingo, Carlinhos não ficava mais perambulando pelas ruas, tinha um encontro marcado com sua grande amiga que virou sua vovó Verinha e que nunca mais esqueceu.

Fim
rub levy
Enviado por rub levy em 11/08/2010
Alterado em 06/08/2019
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