Adeus Rio
A cidade do Rio
está descendo a ladeira. Sair à noite é uma roleta mais russa que a própria Rússia. Amores trocados por assaltos em qualquer local; Brigadeiro, Marechal ou Desembargador, não importa a patente do logradouro, até Presidente é o mesmo grito de dor. Bandido agora só mata com tiro na cabeça, certeiro serviço perfeito, ninguém pra contar a história. Rio sem Glória, Maria sem Graça, pouco mais resta a fazer. Meu filho vá embora, minha filha, por favor, vá embora. O último a sair apague a luz, quem ficar, ficará no escuro. Escura esperança, triste lembrança dos claros dias de infância.
rub levy
Enviado por rub levy em 25/12/2009
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