Poeta Rub Levy

Como nasce o poema

Textos

Enfim e no fim... casados
Lá vem Salomão de novo gritando ao sair do banheiro:
- “Diolanda! Cadê meu chinelo?”

Diolanda suspira:
- “Esse velho sempre foi pé de chinelo, agora virou também um pé no saco.”

Salomão acabou de passar pelo quarto assim meio atrapalhado:
- “Diolanda! Cadê meu chinelo?”

Diolanda escuta Salomão, mas não dá bola e acende o fogão.
Agora Salomão passou pela sala e a voz está ainda mais impaciente:
- “Diolanda! Cadê meu chinelo?”

Diolanda lembra do filme da vida, enquanto bota no fogo a comida.
Salomão aproxima-se da cozinha perigosamente irritado:
- “Diolanda!!! Cadê meu chinelo???”

Diolanda já sabe de tudo... conhece seu velho nú e vestido há muito tempo.
Pronto! Salomão está plantado na porta da cozinha de pijamas com as mãos nas cadeiras:
- “Diolanda! Diolanda! Cadê meu chinelo?”

Diolanda companheira, olha pro seu velhinho que já lhe deu tanto carinho e responde:
- “Tá doido? Olha ele aí nos seus pés, meu velho...”
rub levy
Enviado por rub levy em 17/12/2009
Alterado em 06/08/2018
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras